Natalia Belokopytova, Carina Gomes e Margarida Gama, profissionais de beleza do mundo das unhas, partilharam com a Beautyland a reviravolta que as suas vidas levaram. Como estarão a reagir perante toda esta situação de pandemia? Será que se sentem apoiadas a nível profissional? Saiba as respostas a estas e a outras questões neste artigo.




Natalia Belokopytova, fundadora da Legend Majestic, revela não sentir muito apoio, assim como outras microempresas, perdeu muito. No entanto, tem reagido bem a este tempo passado em casa, onde aproveita para pensar em projetos futuros, fazer cursos online, sobre esterilização e desinfeção, “são temas muito importantes para mim, procuro explicar a todos os profissionais a maneira correta de o fazer”.
Natalia partilhou connosco uma memória, de quando trabalhava na Rússia, de um dia em que decidiram fazer uma festa, com uma piscina, onde várias pessoas incapacitadas, sem braços e pernas, brincavam, nadavam e se divertiam. “Não têm braços nem pernas e são felizes, e nós, que temos saúde, lamentamo-nos com a vida. Esta situação mudou a minha vida! É importante ter vontade de ir em frente sem baixar os braços. Vai correr bem”.




A nail designer, pertencente à AEU - Associação de Estilismo de Unhas, Carina Gomes, defende que não houve ajudas para toda a gente, “esqueceram-se de muitas meninas que abriram centros de estética há menos de três meses, o que faz com que não tenham descontos suficientes”. Embora compreenda que haja muita gente a quem dar dinheiro, acrescenta que “relativamente àquilo que nós precisamos, os valores que dão são muito baixos, podiam implementar que ninguém deveria pagar as rendas dos espaços”. Contudo, Carina tem tirado partido do digital, “tento estar sempre online, com conteúdos em diretos, para poder confortar colegas e dar-lhes mais conhecimentos. Neste período decidi dar matéria para que todas tivessem um recomeço, convidei colegas para me ajudarem em lives, tem sido maravilhoso”.




Margarida Gama, nail master instructor, não concorda com as medidas impostas no setor de beleza, defende que é uma área que gera muito dinheiro e que não foi tão apoiada como outras áreas do mercado de trabalho, no entanto, diz compreender que seja difícil e que têm de ser respeitadas. “Aproveito o tempo livre para me abstrair da realidade, vou estudando, planeando o futuro da empresa, entre outras coisas, pois espero que quando as medidas forem aliviadas, iremos ter muito trabalho”.




Depois de todo este tempo que aproveitou para treinar as suas capacidades em casa, poderá brevemente fazê-lo nas mãos das suas clientes, que acreditamos estarem ansiosas para usufruirem dos seus serviços.