Radiofrequência Vs Criolipólise




 
Ariana Fonseca
Head of Training da Stetical Business


Ariana Fonseca, formadora na área de estética e licenciada em Anatomia Patológica, Citológica Tanatológica, dá a conhecer o seu tratamento de eleição entre a radiofrequência e a criolipólise. Uma batalha do “velho” vs o “novo” que, por vezes, deixa as profissionais indecisas sobre qual a melhor opção para dar resposta às necessidades das suas clientes.


COMO FUNCIONAM?

Radiofrequência – Este tratamento, com mais de 30 anos, consiste na aplicação de uma corrente eletromagnética aos tecidos biológicos que, através do efeito de aquecimento provocado pela interação desta corrente com os mesmos, consegue induzir efeitos a nível de refirmação, lipólise induzida por calor (termolipólise), estimulação da circulação sanguínea, entre outros. Por se encontrar no mercado há tanto tempo, tem já provas dadas a nível de resultados, possíveis efeitos secundários e reações adversas.

Criolipólise – Um tratamento em que o frio é utilizado para induzir um processo de eliminação dos adipócitos. Este baseia-se na aplicação local de um manípulo estático, que permanece por 60 minutos no mesmo local, de forma a congelar as células adiposas. Os triglicéridos armazenados dentro dos adipócitos não necessitam de um arrefecimento tão intenso como outras substâncias presentes nas células da derme ou epiderme, pelo que estes cristalizam de forma irreversível, enquanto outros tecidos voltam ao seu estado normal. Uma vez que os adipócitos ficam impedidos de funcionar normalmente, é acionado o processo de apoptose para que este tecido danificado seja eliminado e vemos então o número de adipócitos reduzir, na zona trabalhada.


QUAIS AS DIFERENÇAS?

Uma metaboliza e reduz a quantidade de gordura dentro dos adipócitos, enquanto que a outra elimina efetivamente células adiposas. Nesta perspetiva poder-se-ia considerar que a criolipólise leva a dianteira na batalha, mas vamos então verificar o que está para além da forma de atuar destas duas opções de tratamento.




Radiofrequência – Consegue induzir algumas alterações a nível da gordura não eliminando as células, no entanto, apresenta-se, ainda, como um fator de estimulação das células produtoras de colagénio, elastina e ácido hialurónico (fibroblastos), pelo que as suas aplicações vão para além dos tratamentos de gordura localizada. Pode dar resposta a muitos dos problemas estéticos, desde a remodelação corporal, redução de volume, redução de gordura, refirmação e rejuvenescimento.
A radiofrequência permite, ainda, resultados visíveis logo após a primeira sessão. O aquecimento provocado nos tecidos induz a uma contração imediata das fibras elásticas, já presentes na pele, pelo que é possível notar, imediatamente, o tónus da pele a melhorar e, consequentemente, a motivação do cliente face ao resultado.




Criolipólise – Apesar de se apresentar como uma solução mais permanente na eliminação de gordura localizada, permite, apenas, trabalhar exatamente isso, gordura localizada. Por estar dependente do processo apoptótico do organismo, a criolipólise apresenta resultados cerca de três a quatro semanas após o tratamento. Ainda que estes tendam a acentuar-se ao longo do tempo, a verdade é que para o cliente este resultado mais lento pode ser um fator de desmotivação. Mas mais importante que a rapidez do resultado obtido é a possibilidade de haver efeitos adversos ao tratamento e a intensidade dos mesmos.


E AS CONTRAINDICAÇÕES?

Radiofrequência – À primeira vista, pode apresentar mais contraindicações específicas que a criolipólise, no entanto, a radiofrequência já se mostrou bastante segura para o cliente, ao longo destes 30 anos. Se todas as indicações forem seguidas, contraindicações respeitadas e protocolos de trabalho aplicados corretamente, a radiofrequência não apresenta riscos para o cliente, apenas um rubor e aquecimento passageiros na pele.

Criolipólise – Uma vez que surgiu no mercado há muito menos tempo e foi recebida avidamente por um público sedento de novidades e diferenciação, entrou nos protocolos de tratamento antes que alguns dos efeitos secundários possíveis se pudessem manifestar. Ao longo dos últimos anos, têm sido reportados casos em que o tratamento de criolipólise induz nos clientes uma hiperplasia adiposa paradoxal – massa benigna, muito inestética, que apenas uma solução cirúrgica poderá corrigir. O seu aparecimento é imprevisível, não tendo qualquer indicação de quem poderá ou não apresentar esta consequência.






Por ser mais versátil, oferecer maior segurança e melhores resultados num todo e por ser um tratamento que pode dar uma resposta global. Ariana garante que o potencial da radiofrequência, nas suas várias formas de aplicação, é muito maior e que é, sem dúvida, uma ferramenta de trabalho que pode incrementar qualquer espaço.


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