A ânsia de reabrir portas aumenta




 
A Beautyland esteve à conversa com profissionais de beleza do mundo dos cabelos. Será que concordam com as medidas impostas? Como será quando reabrirem portas? Saiba as respostas a estas e a outras questões, neste artigo que reflete de forma transparente os receios, anseios e opiniões de alguns dos nossos profissionais de cabelos. Serve, ainda, para que não se sinta sozinho e que encontre algum conforto nas palavras destes, seus colegas.

 


Pedro Valverde


Pedro Valverde, top stylist & beauty expert no Inês Mocho Loft, concorda com o encerramento dos salões de beleza, uma vez que não prestam serviços de primeira necessidade e, tendo em conta o contacto direto que se tem com os clientes, a continuidade destes serviços seria uma enorme fonte de risco. “Não imagina a quantidade de pessoas que ligam para mim e para todos os profissionais a pedirem para serem atendidas”, Pedro acredita que caso não se tivessem encerrado estes espaços, mesmo com a quarentena obrigatória, as pessoas iriam continuar a querer usufruir dos seus serviços.
No que diz respeito aos apoios, defende que: “vivemos num país pequeno que, devido a má gestão política, não tem grandes recursos. O Estado não está a dar nada a ninguém, só está a emprestar, logo acho que estamos todos desamparados”. Assim como tantos outros profissionais, viu o seu salário reduzido ao salário mínimo e acredita que “mesmo quando tudo normalizar, as coisas não vão ser como antes, vamos ter limite de clientes, normas de restrição, assim como o novo material para uso, que as empresas vão ter de suportar”. Pedro Valverde, assim como tantos outros profissionais do setor de beleza, não vê a hora de voltar a trabalhar, “só espero que isto passe rápido e que possamos voltar à nossa rotina e fazer o que de melhor sabemos, receber as nossas clientes e cuidar delas como bem merecem”.

 

Miguel Ângelo


Para Miguel Ângelo, country manager da Alfaparf Milano, “as medidas tomadas foram as necessárias tendo em consideração a saúde pública. É inevitável que estas medidas tenham impacto no mercado, nomeadamente no de cabeleireiro.” Miguel defende que a verdadeira mensagem para o mercado é a que todos teremos de ser mais rigorosos e responsáveis, principalmente no regresso, “as vidas valem mais do que qualquer negócio”.

 

Christine Silva


Conversámos ainda com uma das formadora da Alfaparf Milano, Christine Silva, que partilhou com a Beautyland que “em termos laborais, as minhas rotinas alteraram a 100%, tive que me readaptar para continuar próxima dos nossos clientes, através das formações online, o que minimiza a distância e nos permite continuar com o projeto educativo Alfaparf Milano. Criámos ainda uma série de iniciativas internas, para tentarmos manter tudo normal num cenário de alguma anormalidade. Acima de tudo, como educadora, estou a reagir a toda esta conjuntura com esperança no futuro, focando nos aspetos positivos e desejando um rápido regresso ao contacto direto com os nossos clientes”.

 

Fernando Karvalho

 
Fernando Karvalho, hairstylist e formador, destacou três palavras para esta fase menos boa: união, partilha e superação. “Devemos estar cada vez mais unidos e partilhar conhecimentos. Dá muito para pensar como vai ser daqui para frente, mas acredito que vamos vingar, esta paragem serviu também para refletirmos”. Garante que a procura a nível do cuidado de beleza vai ser muita e não sabe até que ponto vai ser viável manter uma determinada distância com os clientes.
É da opinião de que o Estado deveria tomar outras medidas e que protegesse mais este setor, “somos nós que lidamos da beleza de todos, tenham o cargo que tiverem, nós cuidamos deles, a nossa profissão é uma peça fundamental para o setor e deveríamos ter mais apoio a todos os níveis”.
Fernando recorre ao digital para se inspirar e revela estar “super ansioso para meter a mão na massa, como é óbvio”.




Susana Madureira

 
A hairstylist, formadora da LVM e coordenadora da z.one concept em Portugal, Susana Madureira, faz lives semanais, “criámos um grupo fechado para os clientes da LVM, começámos pela parte teórica e agora vamos passar para a parte prática”. Relativamente à sua parte mais pessoal, do seu espaço, a sua preocupação número um foi a de manter a relação com os seus clientes, que é algo que faz quase que diariamente, “criei um grupo fechado para as minhas clientes, onde partilhamos desafios, palavras de conforto e mantemos o contacto”.




Prepare as armas! Coloque as tesouras, as tintas, os secadores e todas as ferramentas necessárias a postos, para, brevemente, poder enfrentar a recheada lista de marcações, onde com certeza os seus clientes anseiam ter o nome, e poder, finalmente, fazer aquilo que mais gosta.


 


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