Kolovrat por Cláudio Pacheco



Nos bastidores do desfile de Lídija Kolovrat, a equipa da L’Oréal Professionnel, liderada pelo hairstylist Cláudio Pacheco revelam o poder criativo que une há duas décadas a marca à ModaLisboa.




A ModaLisboa voltou a afirmar-se como o grande encontro entre a moda e a beleza profissional. Nesta edição, a L’Oréal Professionnel celebrou vinte anos de parceria com o evento, duas décadas a inspirar, apoiar e acompanhar o talento dos hairstylists portugueses. É uma colaboração que ultrapassa a passerelle e que, ao longo dos anos, tem consolidado a marca como referência na inovação e na criação de tendências.



Cláudio Pacheco, Pro Artist da L’Oréal Professionnel e diretor artístico do Chiado Studio, foi o responsável pelos looks dos desfiles de Béhen e Kolovrat. O hairstylist, reconhecido pela sua técnica e pela capacidade de transformar conceitos artísticos em formas capilares, deu vida à coleção “Stone Age” de Lídija Kolovrat, uma proposta que explorou o peso da matéria e a leveza da presença humana. Entre tons terrosos e texturas naturais, o cabelo acompanhou o movimento das peças, traduzindo em cada detalhe a harmonia entre natureza e modernidade.


A L’Oréal Professionnel voltou a trazer para o evento as suas ferramentas de eleição, entre as quais o Steampod, a gama Tecni.ART e o AirLight Pro, reforçando o compromisso com a sustentabilidade, a tecnologia e a excelência técnica. Mais do que uma marca presente, é uma parceira ativa no processo criativo que acontece dentro e fora da passerelle.

No final do desfile, conversámos com Cláudio Pacheco, que nos contou mais sobre as suas inspirações, desafios e visões sobre o futuro da profissão. 


Cláudio Pacheco
Pro Artist da L’Oréal Professionnel e diretor artístico do Chiado Studio


Que referências ou inspirações usou para criar os looks do desfile KOLOVRAT?

A grande referência e inspiração para o desfile que acabámos de ver da Kolovrat vem, em parte, da natureza e das pedras do norte do nosso país. A partir daí, fomos buscar influências que remetem ao universo dos gladiadores e do Egito. Tanto que, se repararem, muitos dos cabelos evocam o formato dos capacetes usados pelos gladiadores. Já nas referências egípcias, inspirámo-nos em algumas formas mais estruturadas e geométricas, como as que associamos a Nefertiti. No final, quisemos suavizar o conjunto e acrescentar uma nota mais leve e orgânica, com texturas naturais nos homens e pequenos pompons no topo da cabeça, para criar uma vibração mais descontraída e harmoniosa.


Quais foram os principais desafios deste backstage e de que forma os conseguiu ultrapassar?

Um dos maiores desafios tem sido o facto de, cada vez mais, existirem dois desfiles no mesmo dia, o que obriga a uma equipa numerosa e bem coordenada, capaz de se dividir entre diferentes bastidores. Além disso, todo o processo começa a ser preparado no final de agosto, o que exige uma grande antecipação e planeamento. Foi um trabalho intenso, sobretudo no caso da Béhen, onde realizámos a coloração de mais de dezassete perucas para expressar toda a essência da coleção. Essa preparação minuciosa foi, sem dúvida, um dos pontos mais exigentes, mas também mais gratificantes.


De que forma é que a sua parceria com a L’Oréal Professionnel influencia o seu trabalho criativo?

Para mim, esta parceria é fundamental. Além dos produtos, que são extraordinários, há todo o apoio que a marca oferece durante a Fashion Week, especialmente nos processos de coloração. Trabalhar com a L’Oréal Professionnel é verdadeiramente inspirador, porque me permite estar em contacto com as tendências antes de serem lançadas, algumas que só chegarão em 2028, mas são segredo. Essa visão antecipada motiva-me imenso, porque faz-me sentir que estou sempre um passo à frente, embora o desafio esteja em adaptar essas previsões ao presente e às tendências que estão a acontecer agora.

Quais são as próximas tendências às quais os hairstylists devem estar atentos?

Pessoalmente, não acredito muito na ideia de tendências rígidas divididas entre primavera/verão e outono/inverno. Acredito em ciclos. No verão, há sempre uma procura por tons mais claros, por loiros e balayages. Já no inverno, predominam os castanhos mais ricos e os cortes mais retos, também para ajudar a controlar o frizz típico da estação. É um movimento natural, que se repete, embora as redes sociais tenham hoje um papel determinante. São as atrizes, as influenciadoras e as celebridades que ditam o ritmo das mudanças, quase diariamente. Basta a aparição de Charlize Theron com um cabelo inspirado nos anos 70 para lançar uma nova tendência, ou a Kim Kardashian, que surgiu de cabelo curto, para que o corte pixie volte a ganhar destaque. O essencial é estarmos atentos, perceber o que acontece em tempo real e interpretar essas influências de forma criativa e profissional.
 

A cada edição da ModaLisboa, confirma-se que a verdadeira beleza nasce nos bastidores. É ali que profissionais como Cláudio Pacheco dão vida à visão dos criadores e onde a parceria entre a L’Oréal Professionnel e a Moda Lisboa continua a afirmar-se como um exemplo de talento, técnica e paixão ao serviço da moda portuguesa. Terminamos deixando o vídeo da entrevista a Cláudio Pacheco, realizada no backstage após o desfile.

 

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