Hair by Schwarzkopf Festival



Nos dias 13 e 14 de abril de 2025, a cidade de Berlim tornou-se o epicentro mundial da criatividade capilar com a realização do Hair by Schwarzkopf Professional Festival. Este evento, realizado pela Schwarzkopf Professional, reuniu mais de 600 participantes de 45 países num encontro vibrante que combinou arte, inovação e comunidade e celebrou o lançamento do novo posicionamento e slogan da marca: FOR EVERY YOU.



 
A decorrer no icónico Motorwerk Berlin, um antigo edifício industrial transformado num espaço inspirador e interessante, o festival foi palco de sessenta atividades imersivas, distribuídas por quatro palcos e várias zonas de experiência. Durante dois dias, foram exploradas as ligações entre cabelo, cultura, moda, identidade e autoexpressão, através de desfiles ao vivo, workshops, entrevistas, painéis e showcases que desafiaram os limites da criatividade.



 
A equipa Beautyland esteve presente em Berlim para testemunhar e partilhar de perto esta celebração global do cabelo. Desde os bastidores até aos palcos principais, captámos a energia do festival, as ideias transformadoras e os momentos inesquecíveis que definiram esta edição inaugural.
 
O festival destacou-se pela presença de grandes nomes da indústria. Chris Appleton, Embaixador Global da cor da Schwarzkopf e cabeleireiro de celebridades como Jennifer Lopez, Kim Kardashian e Dua Lipa, emocionou o público com uma apresentação envolvente sobre a sua carreira, marcada por visuais icónicos e transformações capilares impactantes. A sua mensagem foi clara: o cabelo tem um poder transformador que ultrapassa o estilo e toca na confiança e na identidade pessoal de cada um.



 
Outro momento alto foi a sessão "Celebrity Hair: Hollywood Glamour", com Tracey Cunningham e Jacob Schwartz. Tracey, conhecida pelas suas colaborações com Emma Stone, Khloé Kardashian e Michelle Monaghan, partilhou os seus processos criativos, técnicas exclusivas e histórias tocantes dos bastidores de Hollywood. Jacob, por sua vez, explicou detalhadamente os looks que criou para nomes como Margot Robbie, Bella Hadid e Troye Sivan. As transformações ao vivo foram inspiradoras e deixaram o público em suspenso.



 
O festival apresentou ainda o desfile surpreendente da coleção Hair by SchwarzkopfPro, com a participação de artistas como Lesley Jennison, SHY+FLO e Patricia Nikole, que demonstraram as grandes tendências de 2025: Contract Blonde, Curly Pop e Embrace Grey. Cada look foi um manifesto de identidade, técnica e emoção, onde este conjunto de artistas mostrou como a arte do cabeleireiro pode ser uma forma de expressão pessoal.




 
A diversidade cultural foi celebrada com o espetáculo "Azteca", onde o artista Javier Romero mergulhou o público nas lendas e estética ancestral mexicana através de penteados arrojados e de uma narrativa mítica.



 
Por sua vez, o salão japonês SHIMA trouxe a sofisticação do estilo de Tóquio com cortes e ornamentos de inspiração oiran, numa fusão entre tradição e modernidade.



 
A Beautyland teve ainda o privilégio de entrevistar Rankin, o icónico fotógrafo britânico, conhecido pelo seu olhar irreverente e pela forma como mistura beleza, personalidade e imperfeição em imagens inesquecíveis. A sua colaboração com a Schwarzkopf Professional resultou numa série de retratos e na edição nº1 da revista Hair by Schwarzkopf Pro.
 

John Rankin Waddell
Fotógrafo e editor


O seu trabalho tem um olhar muito particular, quase como uma assinatura visual. Essa assinatura parece, muitas vezes, surgir das imperfeições. Como encontra beleza no acidental?
 
Encontro-a constantemente. A beleza da beleza está precisamente no acidental. Acho interessante que raramente se fale disso quando se fala de beleza, seja em cabelo ou maquilhagem. Sou fotógrafo de beleza, para além de fotógrafo de retrato, e o que mais adoro é a combinação dos dois. Não fotografo naturezas mortas, fotografo pessoas cheias de vida, e mostrar isso numa imagem de beleza, da forma como trabalho, implica que o acidental faça parte do processo. Tantas vezes, quando estamos a criar uma imagem, algo no cabelo corre mal e todos reagimos com "o que é isto? está incrível!" e seguimos por esse caminho. É uma forma muito diferente de trabalhar. Poucos fotógrafos trabalham assim, especialmente no meio da beleza. Querem controlar tudo. Eu sou o oposto. Procuro constantemente esses erros porque são aquele toque especial. Também gosto muito de imagens onde se vê a pele, onde se sente a vida humana dentro da imagem. Um amigo meu, que é ator, disse uma vez "na minha cara vê-se o mapa da minha jornada" e acho uma forma lindíssima de o dizer. Nas minhas fotos, procuro o mapa das jornadas das pessoas.
 

O seu trabalho capta mais do que rostos, capta atitude e uma história. De que forma a maquilhagem, o styling e, especialmente, o cabelo, o ajudam a contar essa história?
 

A beleza, no sentido mais amplo da palavra, e também a moda até certo ponto, tornaram-se uma parte enorme da identidade das pessoas. Isso acontece porque hoje somos todos muito visuais. Comunicamos visualmente de uma forma como nunca antes foi feita e isso intensificou o modo como as pessoas querem ser vistas. As pessoas já não seguem tendências. Vão buscar elementos de diferentes épocas e fontes. Estão muito mais conscientes de como são vistas e muito focadas nisso. O meu objetivo é desconstruir isso um pouco. A modernidade da maioria das câmaras de telemóvel centra-se na beleza, na moda, nas selfies, e isso é mesmo muito aborrecido. Muitas pessoas querem parecer a Kim Kardashian, mas na verdade não querem. Sentem apenas que essa estética é algo que talvez queiram representar. Os jovens já não estão interessados nisso. Ninguém quer parecer-se com a mãe ou com a avó. As pessoas querem parecer-se com os filhos. Estamos numa fase onde se pode ir buscar ideias a qualquer lado. E os jovens agora dizem: "quero que a minha identidade seja aquilo que eu sou". O que é fantástico na Schwarzkopf é que está no auge da criatividade. Por isso, é perfeita para essa geração jovem, porque o cabelo e a maquilhagem tornaram-se, finalmente, parte da cultura como nunca antes.



 
Como ganhou vida a sua visão para a revista Hair by Schwarzkopf? Que impacto espera ter nos profissionais de beleza?
 

Ganhou vida através de muitas conversas com cada um dos artistas de cabelo que participaram. Aquilo de que gosto na revista Hair é que cada protagonista não é um modelo tradicional de cabelo. São pessoas que materializam a visão criativa do artista. Cada pessoa que escolhemos era específica para o artista em questão e a forma como as fotografávamos era orientada pela personalidade de cada uma. Eles queriam vidas reais, não naturezas mortas. Além disso, existe uma criatividade extraordinária envolvida, que é precisamente aquilo que os jovens procuram hoje. Algo único, com que se possam identificar e dizer "isto é diferente de tudo o resto e representa-me". Uma das coisas mais bonitas é a diversidade cultural presente em cada edição. Não existe um único visual, nem uma única estética dominante. O meu papel é unir todas essas estéticas diferentes. Mas a verdade é que cada pessoa é única. Se olharmos para outras marcas de cabelo, qualquer uma das dez principais, todas têm uma estética que se repete em todas as imagens. Nós estamos no centro da transformação que o mundo do cabelo está a viver e de como vai passar a ser discutido e falado. E acredito que em breve deixaremos de chamar cabeleireiros a estes profissionais. Vamos começar a falar em artistas de cabelo.







Artigos Relacionados

Hair by Schwarzkopf Festival English Version
Cabelos
Hair by Schwarzkopf Festival English Version
Inspiration, Art and Hair Identity
Ver
Summer Glory
Cabelos
Summer Glory
Tendências primavera/verão 2025
Ver
Natural Collection: Tendências em Corte e Coloração
Cabelos
Natural Collection: Tendências em Corte e Coloração
A formação que redefine a criatividade
Assine já